É o acúmulo de gordura no fígado, sendo a doença hepática mais comum (6 a 35% da população mundial). Na maioria das vezes devido a obesidade, podendo também ter outras causas como: consumo excessivo e crônico de álcool, Diabetes Mellitus, Hepatite C, dislipidemias, hemocromatose, alguns medicamentos e anabolizantes. A importância de se falar sobre esta patologia deve-se à crescente prevalência da obesidade. Cerca de 50% dos obesos têm esteatose hepática.
A esteatohepatite é a inflamação do fígado com elevação das enzimas hepáticas associada à esteatose. Pode evoluir para fibrose, cirrose e câncer de fígado. A relação de obesidade, esteatose, diabetes e doenças cardiovasculares são manifestações da Síndrome Metabólica (Resistência à insulina), sendo as complicações cardiovasculares as principais causas de morbidade e mortalidade nesta Síndrome.
O diagnóstico se faz por ultrassonografia, elastografia, ressonância magnética, alterações da função hepática e em alguns casos pela biópsia hepática. A maioria dos casos é assintomática e quando há sintomas pode ter fadiga, mal-estar e desconforto abdominal.
O tratamento consiste em perda de peso (10% do peso), fazer exercício físico, dieta adequada, corrigir o nível de glicose, colesterol e triglicerídeos e evitar o consumo de álcool. Os medicamentos são reservados para os casos de esteatohepatite.
Dra. Ana Paula de Andrade Lima
CRM-PE 9489